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s temperaturas altas caracterizam o verão no Brasil e, por isso, a estação mais quente do ano requer cuidados importantes também no mundo animal. Os tutores precisam se atentar às cautelas básicas como os cães, como hidratação e alimentação, mas também as doenças que são mais comuns de surgir durante esse período.

O calor e a umidade, características predominantes do verão brasileiro, contribuem para o aparecimento de problemas de pele, como a dermatite em cachorro, inflamações no ouvido e até mesmo infestação de pulgas e carrapatos

Para te ajudar a cuidar do seu cão durante a estação, vamos explicar as principais doenças que seu pet pode estar suscetível e quais cuidados você deve manter para deixá-lo longe delas. 

Otite em cães

A otite em cães é uma inflamação no ouvido que pode se tornar muito comum no verão por causa da umidade e de comportamentos típicos da estação, como os banhos mais frequentes. Isso porque os cães passam mais tempo molhados, o que ajuda na proliferação de bactérias e fungos que podem causar a inflamação. A umidade pode também desenvolver a otite em pets que já tem predisposição para alergias nesta região. 

As otites em cães podem ser classificadas quanto a sua lateralidade, evolução e localização da inflamação, que pode ser no ouvido externo, médio e interno. A otite externa crônica é o caso mais comum entre cães, representando cerca de 76,7% dos casos nas clínicas veterinárias.

A doença é causada por bactérias, fungos e ácaros naturais dessa parte do corpo quando há a queda de imunidade ou quando fatores como umidade e temperatura alta ajudam na reprodução desses seres e levam à infecção. A inflamação também pode ser causada por parasitas, corpos estranhos, doenças de pele e alergias.

E quais são os sintomas e sinais clínicos da otite em cães? Os principais são: coceira, excesso de cera, dor ou incômodo ao apalpar, odor forte e chacoalhar a cabeça com muita frequência. Os sintomas podem ser parecidos com outras doenças e são difíceis de serem notados pelo tutor. Por isso, a qualquer sinal de inflamação do ouvido em cães, o ideal é levá-lo a um médico veterinário de confiança. Apenas em um ambiente profissional, o pet poderá passar por exames clínicos, como a otoscopia, que vão diagnosticar a doença. 

Com o diagnóstico positivo para otite em cães, o profissional irá orientar o tutor sobre o melhor tratamento. De forma geral, podem ser usados antibióticos para tratar a inflamação, além da limpeza e medicamentos específicos para a área. 

Dermatite em cachorro 

A exposição por períodos longos à radiação solar, sobretudo no verão em que os termômetros atingem as maiores temperaturas do ano, podem causar diversos problemas dermatológicos, incluindo o câncer de pele em cães. Clique aqui e confira os tipos de tumores que acometem cães e gatos e como proteger seu pet. 

Uma doença de pele muito comum nessa época é a dermatite em cachorro. Apesar de ter muitos tipos, nesse texto, vamos abordar a dermatite solar canina, também conhecida como dermatite actínica. Ela se desenvolve após a exposição prolongada aos raios ultravioletas, e os cães com pelagem clara e escassa e de pele pouco pigmentada que tomam banhos de sol estão mais propensos a ter a doença. 

Inicialmente, esse tipo de dermatite em cachorro pode causar lesões de queimadura solar, manchas vermelhas e descamação. Em longo prazo, a exposição ao sol, pode desenvolver a ceratose actínica, que é uma neoplasia benigna que pode se transformar em um tipo de câncer de pele em cães.

O diagnóstico é feito através do histórico do pet, exames clínicos e biópsia cutânea e, por isso, se o tutor deve procurar um médico veterinário assim que observar um dos sinais citados acima.

A melhor maneira de prevenção é evitar a exposição solar do cão nos horários em que temperaturas são mais altas, entre 10h e 16h, além do uso de protetores solares, principalmente nos cachorros que têm características que podem desenvolver esse tipo de dermatite com mais frequência. Já o tratamento deve ser indicado por um profissional. 

Infestação de pulgas e carrapatos 

Outro problema que pode ser uma dor de cabeça para os tutores durante o verão é a infestação de pulgas e carrapatos. O calor e a umidade são as condições perfeitas para essas parasitas se reproduzirem, o que acende o alerta com a estação mais quente do ano.

Durante o verão é importante que o tutor se atente não apenas ao animal, mas também para dentro de casa. As pulgas, por exemplo, conseguem se acomodar em frestas e pequenos ambientes do lar, se reproduzindo de forma acelerada. Dessa forma, é importante cuidar da limpeza dos espaços internos e externos da casa, bem como higienizar os comedouros e bebedouros. 

Para tratar e prevenir a infestação do animal, o tutor deve manter em dia o controle de  contra carrapato e pulga através do uso de medicamentos, seguindo o intervalo de aplicação indicado pelo fabricante. Já o uso de sprays e shampoos devem ser prescritos pelo médico veterinário.

Outra maneira de prevenção é investir em coleiras antipulgas. Esse tipo de proteção, quando em contato com a pele, libera no corpo do pet uma substância que é tóxica às pulgas, mas que não gera risco à saúde do cão. Além disso, o tutor deve manter a higiene do cachorro em dia e se atentar aos banhos. Principalmente se seu cão já possui alergias de pele, picadas de pulgas e carrapatos podem piorar as reações alérgicas e trazer muita coceira e desconforto! 

Mais um alerta importante: não esprema pulgas e carrapatos. Apesar de parecer uma ação comum ao encontrar esses tipos de parasitas, ela pode espalhar os ovos deles e aumentar a infestação. 

Cuidados com os cães no verão

Agora que já descrevemos algumas doenças que são mais comuns em cachorros no verão, vamos listar cuidados que os tutores precisam ter com os pets durante as altas temperaturas da estação mais quente do ano:

  1. Hidratação: um dos principais cuidados durante o verão é certificar que os cães estão bem hidratados. Troque com frequência a água do bebedouro e abuse dos cubos de gelo;
  2. Alimentação mais leve e saudável: durante os dias quentes, uma opção são picolés feitos de frutas com água ou água de coco. Não utilize frutas cítricas e as que podem ser tóxicas aos pets, como a uva. Melancia e melão são ótimas escolhas pelo alto teor de líquido. Confira aqui uma receita de picolé de frutas para seu pet; 
  3. Passeios em horários de temperatura amena: saia de casa com o seu cão nos horários em que o sol não está tão quente, ou seja, antes das 10h e depois das 16h. Isso vai prevenir que o pet desenvolva várias doenças de pele, como dermatites e até câncer. 
  4. Calçadas e asfalto quente: passear com o cachorro quando as calçadas ou o asfalto estão muito quentes podem ocasionar queimaduras nas patas dele. Para fazer o teste de temperatura, coloque a mão ou pé na superfície e conte 10 segundos. Se você não aguentar durante esse período, não é recomendado sair com o cão nesse momento; 
  5. Protetor solar: escolha um produto próprio para animais de fator 30, no mínimo. Utilize em locais que não há ou têm poucos pelos, como orelhas, focinho, barriga e nas costas; 
  6. Ouvidos: tome cuidado para que não entre água na orelha do animal durante os banhos recorrentes ou de piscina. Após essas atividades, seque bem o ouvido e utilize produtos específicos para a limpeza do conduto auditivo externo, caso seja necessário
  7. Controle de pulgas e carrapatos: mantenha o controle de pulgas e carrapatos em dia, utilizando as medicações adequadas aos cães e respeitando o prazo de aplicação do fabricante. 

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Postado em
March 2, 2023
na categoria
Bem-estar

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