s pets quando estão com frio tendem a se aconchegar mais próximo dos tutores, ficar mais dentro da casinha, deitar encolhidos, buscar lugares mais quentinhos. No Brasil, cães e gatos conseguem se adaptar e lidar bem com temperaturas mais baixas, porém amigos de quatro patas que possuem menos pelos, idosos e filhotes podem sentir mais frio.
Com a chegada das baixas temperaturas no país, doenças começam a surgir. Cães e gatos também possuem sensibilidade ao frio durante o inverno. Isso mesmo, os pelos não são suficientes para proteger nossos amigos de quatro patas no clima gelado. Pensando nisso, alguns cuidados são necessários para prevenir as doenças mais comuns no frio. Quer saber como? É só continuar a leitura.
Doenças mais comuns em cachorros no inverno
Com o frio, doenças respiratórias são muito comuns e algumas enfermidades preexistentes podem piorar. As principais doenças são:
- Traqueobronquite Infecciosa Canina: essa doença também é conhecida como Tosse dos Canis ou Complexo Respiratório Infeccioso. A Tosse dos Canis pode ser comparada com a nossa gripe ou resfriado. Ela pode ser causada por mais de um tipo de agente infeccioso, sendo os mais comuns:
- Adenovírus tipo 1
- H3N8 (vírus da influenza canina)
- Vírus da parainfluenza canina
- Herpesvírus canino tipo 1
- Coronavírus canino respiratório
Quando contaminados, os cães podem apresentar: tosse (pode se intensificar com exercícios físicos e em momentos de excitação), engasgo e secreção nasal.
- Pneumonia: infecção pulmonar contagiosa que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos. Ela pode surgir como uma complicação da Traqueobronquite Infecciosa Canina. Geralmente, filhotes ou cães mais idosos que possuem uma imunidade mais baixa estão mais suscetíveis à doença. Os sintomas são: tosse seca/úmida, espirro, secreções nasal e ocular, febre, anorexia, entre outros.
- Bronquite crônica: é uma inflamação nos brônquios que pode ser causada por agentes bacterianos ou substâncias ambientais/tóxicas que levam o cão a apresentar tosse, espirro, dificuldade de respirar, alergia, entre outros sinais clínicos. Na época do inverno, as crises tendem a aumentar.
- Cinomose: doença causada por um vírus que causa sintomas relacionados a todos os sistemas do organismo (respiratório, digestório, locomotor, neurológico, etc). Cães não vacinados, jovens e imunodeprimidos são mais suscetíveis a se contaminar.
- Obesidade: com o frio, a frequência de exercício tende a diminuir, fazendo com que os cães desenvolvam a obesidade.
- Artrose: essa é uma doença inflamatória nas articulações e seus sintomas (dificuldade para levantar e pular, mancar) pioram no tempo frio.
Doenças mais comuns em gatos no inverno
Quando as temperaturas caem, junto passam a surgir doenças nos gatinhos e piorando sintomas de outras doenças. As principais comorbidades que ocorrem em gatos na época de inverno são:
- Rinotraqueíte Infecciosa/Viral Felina: é uma doença do trato respiratório superior causada pelo herpesvírus tipo 1 (FHV-1). O vírus é facilmente transmitido de gato para gato através de secreções nasais, oculares e salivas. Por isso, é muito comum em lugares nos quais os gatos vivem aglomerados. Essa doença pode ser considerada uma gripe, como nos seres humanos. Entretanto, se acontecer concomitantemente com outra infecção, pode agravar o quadro e sintomas.
- Calicivirose Felina: doença viral que pode ser confundida com a rinotraqueíte, devido aos sintomas semelhantes e ser muito comum entre os gatos. Na calicivirose, os bichanos podem apresentar sinais de gripe (secreção nasal, febre), além de feridas dentro da boca. A forma de transmissão ocorre ao ter contato com objetos contaminados, sendo que os pets infectados podem transmitir a doença por até 75 dias.
- Pneumonia: pode ser um agravamento quando doenças virais (como calicivirose e rinotraqueíte) não são tratadas da forma correta, mas, além de vírus, pode ser causada por bactérias, fungos e parasitas. Gatos jovens, idosos e com baixa imunidade estão mais suscetíveis. Os bigodudos podem apresentar sintomas tais como: tosse, cansaço, dificuldade respiratória, perda de apetite e, consequentemente, peso.
- Asma ou Bronquite Felina: doença de alta ocorrência entre gatos que aumenta durante a época de frio. Os brônquios são atingidos, fazendo com que o ar não seja levado adequadamente aos pulmões. Com isso, sintomas como tosse e falta de ar são marcantes, principalmente em gatos mais jovens e mais velhos.
- Problemas articulares: dores articulares pioram nas épocas frias. Gatinhos mais idosos com sobrepeso tendem a desenvolver mais doenças articulares. Alguns sintomas que podem apresentar: claudicação (mancar), miados frequentes, lambidas frequentes no membro da dor, evitar subir, descer ou levantar.
Como evitar as doenças comuns no frio
Para prevenir essas doenças nos cães e gatos, aqui estão algumas dicas:
Vacinação
Existem duas vacinas obrigatórias tanto para cães quanto para gatos: a antirrábica (protege os pets e, consequentemente, seus tutores contra a raiva) e a múltipla/polivalente (para cães: V8 ou V10 e para gatos: V3, V4 ou V5).
A múltipla protege os gatos das principais doenças que surgem no inverno (calicivirose, rinotraqueíte) e os cães também (cinomose, vírus da parainfluenza). O indicado é que o protocolo inicial em filhotes comece a partir da 7ª semana de vida, com 3 doses no intervalo de 21 dias entre elas.
Agasalho
Roupinhas são bem-vindas nessa época do ano, lembrando que o pet deve se sentir confortável, conseguindo se movimentar de forma natural. Caso seu animalzinho não se adapte, não o force, use e abuse de cobertorzinhos e paninhos para os peludinhos se aquecerem. Tanto roupinhas quanto cobertores precisam sempre estar limpos, para não ocorrer proliferação de microrganismos que podem causar mal a eles.
Ambiente
Deve ter disponível para os cachorrinhos e gatinhos caminhas confortáveis ou casinhas no qual possam se proteger do frio. Outro ponto importante é fazer o enriquecimento ambiental (brinquedos, brincadeiras, tempo de adestramento…), pois ajuda a evitar problemas de peso e ansiedade. Além disso, é importante manter o ambiente sempre limpo, evitando transmissão e reinfecção de parasitos.
Horários de passeios
Que não se deve passear em horários com alta incidência de sol você já sabe, porém caminhar em horários muito frios também não é bom para os pets. Dias muito frios podem causar o que chamamos de hipotermia, quando a temperatura corporal fica inferior a 37ºC, podendo trazer riscos à saúde dos cães. Por isso, escolha um horário que não terá uma alta incidência solar, mas que também não esteja frio demais.
Hora do banho
Os banhos podem ser menos frequentes nessa época. Os pelos também podem ser mantidos não muito curtos em raças peludas. Lembrando que, após o banho, deve secar bem a pelagem do pet para não ocorrer proliferação de microrganismos e ele não passar frio. A tosa higiênica pode ser mantida, assim como a escovação dos pelos.
Rua
Passeios sem a companhia do tutor é perigoso para cães e gatos, pois ficam à mercê de chuva e vento, que podem causar hipotermia, baixa imunidade (além do perigo de serem atropelados ou mesmo envenenados).
Os gatos tem uma peculiaridade que, para fugir do frio, entram no motor de carros, podendo ficar presos e acabar vindo a óbito. Por isso, mantenha sempre seu pet dentro de casa nos dias frios (e nos de calor também!).
Hidratação e alimentação
A água deve ser sempre fresca. Para gatos, o ideal é que tenham fontes automáticas, pelo gosto de tomarem água corrente. A alimentação deve ser balanceada e de boa qualidade sempre, garantindo uma boa saúde e o peso ideal.
Veterinário
O check-up é muito importante. Através da visita ao veterinário periodicamente, é possível reconhecer problemas de saúde antes que os sintomas se agravem, tornando o tratamento mais simples e mais eficiente.
Agora que você sabe como cuidar do seu pet nos dias frios, o que acha de compartilhar esse texto contribuindo para que mais pets fiquem protegidos das doenças comuns no inverno?
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Para um conhecimento mais aprofundado sobre doenças mais comuns entre os pets no frio e como prevenir, você pode dar uma olhada nesses sites:
- Calicivirus em gatos
- Tosse dos canis
- Obesidade em cães e gatos
- Asma e bronquite em gatos
- Bronquite crônica canina
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